segunda-feira, 6 de junho de 2011

Identidade II

Estou perdendo minha identidade. Já não sei, nem a que vim. Tudo em que acreditava vai se desmoronando, se desfazendo...ruindo...caindo...até não ter mais fundo. Até que ninguém escuta o grito de socorro, o pedido de ajuda. A voz some...some...some... A dor aumenta...aumenta...CRESCE! Toma proporções que desconheço, que não alcanço.
Não pertenço mais a esse mundo. Mundo que as pessoas conhecem, cheio de alegrias, amizades, amores, cores...
Será que estou no fim? Será assim o fim?

Mulher vivida

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tristeza II

A tristeza
que sinto
no fundo do meu ser
abala minha vida.
Antes assim.
Na minha tristeza
tenho a certeza
da vida que existe em mim.
Preciso manter esta tristeza.
Transformá-la,
aos poucos,
em pura alegria.
 A alegria de existir.
Enquanto eu tiver
a dor da tristeza
posso ter a esperança
da futura
alegria de viver.

Mulher Vivida
13/09/1994


terça-feira, 17 de maio de 2011

Ilusão

     Ilusão! Ao final do "primeiro tempo" de vida, 45 anos, ainda existe a ilusão. Prestes a entrar no segundo tempo, em período de descanso, buscando parceiros desse jogo da vida, ainda dei cara com a ilusão. 
     Devia ser regra desse jogo: proibido acreditar e se iludar com outro ser humano, dói mais. Diante de tudo que já vivemos, todas as ilusões vividas e esperanças perdidas, parece a dor é maior. Ser ludibriada, enganada...SACANEADA, a essa altura...
     Mas não adianta! Em qualquer idade se tem esperança (que as vezes parece sinônimo de ilusão). Espernça já foi palavra doce, agora parece com última chance, mas que nada, cada vez que caimos a ela volta e dizemos: "Tenho esperança que da pr´xima vez vai dar certo." ou ainda, "Se não é dessa vez é porque algo melhor está reservado pra mim."

     Enfim, mais uma vez a ilusão me prega uma peça e ficando arrasada por uns dias, em seguida volto a ter esperança. Mas está doendo sim!
    


sábado, 14 de maio de 2011

IDENTIDADE

Em busca da minha identidade
Encontrei solidariedade
Em busca do amor
Encontrei a paixão
Encontrei a solidão
Sou um pequeno barco
Sem rumo no enorme oceano
Sou um pequeno arco
Disparando flechas
Sem rumo no ar

A vida sem identidade
Sem amor!
Não tem estímulo da amizade
Que possa diminuir o sofrimento
Do desamor.
 
Mulher Vivida -1994